terça-feira, 15 de setembro de 2009

UM QUASE ASSIM, MARÇO.

eu não me preocupava com as horas, que iam passando lentamente por março.
acho que nem você.
só por que era diferente, só por que era o oposto convexo.
eu sabia que tinha que dissecar, mas nem me importava.
mudava de cor e me enfeitava, feito alguma coisa que me falha á memória.
era válido, por que era a passagem
era válido, por que era o ritual.
era válido por que eu queria que perdesse,
me perdesse.
só eu - e você.
eu, coberta por um tnt escuro - sem os véus clássicos do romantismo pagão.
eu ria, por que você me dizia coisas insípidas, só lidas...
eu rio, por que você despeja em vão.
eu tenho que ser clara agora, mas eu não consigo, por que nunca estive em frente á bruma.
talvez março não deveria ter acabado.
talvez deveríamos ter nós deixado acabar em março.
nada daquilo tomou forma. nada depois concretizou.
você ama o pecado e não o pecador.
talvez minha paleta de cores saia do convencional,
não uso tons pastéis.
não chegamos a primavera...
deixo-me livre, ás tardes de terça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário