quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CAROLINE? É, TALVEZ.

vissicitudes de um tempo clássico e pueril.
eu sempre soube que o toldo verde-limão estava meio sujo, mas nem me importava - ele me protegia oras!
eu nunca gostei de escovar os dentes depois de comer - mas ele sempre de mau-humor: vai lá, escova, por que nós estamos atrasados...
eu despejava minhas juras, vomitando pelo caminho inverso.
ah, mas tudo bem, pensava eu, amanhã é terça-feira, e não é agosto.
eu sempre tive quedas, desmaios e abalos sísmicos por posses imediativas desprezadas do platô universal - era meu, era meu e ninguém da tv tinha igual...
minha cama balançava de maneira pura, e era tudo filmado de cima, como se eu fosse publicar em algum lugar.
sem senso algum, e nem podia ter.
agora eu imagino sua dor, por que você disse que era tanto - mas não era o suficiente - mas imagino que o tanto, deva ser de muito.
eu já nem sei mais o que falo, é sério; hoje eu sonhei com você, eu pedia mais um abraço apertado, e pedia pra entrar na sua conchinha suicida...você apenas deixou entre-aberta, eu imagino que deva ter doído, mas confesso...eu nem penso em você, eu não posso e nem devo.
meu disco arranhado na faixa 7 - meu black n 1.
eu vou dar teu nome pra minha nova erva, é sério - eu vou tragar fundo, eu vou te deixar em meus pulmões - é brega cara, mas é...deixa eu ser...deixa?!
eu lembro de você: 'tráz mais uma caixa de sarcasmo' - essa eu já coloquei no quarto.
'pega aquela ali, que é amor...e deixa no corredor...deixa ela no canto, debaixo do porta-retrato...'
é, eu começo com metáforas indiscretas, mania compulsiva de pôr acento em tudo, e quando eu acendo ou apago a luz eu não moro mais em mim, e nem aqui...
'você não me vê, por que eu não moro mais aqui' - você entende? você entende agora?
'você não me vê por que eu não tenho muita coisa a dizer' - e aí, eu fui clara o suficiente pra você?
e isso não foi um sarcasmo cósmico e ultra uterino.
você me pediu pra escovar os dentes cedo de mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário