sábado, 26 de setembro de 2009

CAFÉ

só se alguém te tocar
só que alguém te toque.
desenlace perfeito, totalmente ingênuo.
eu nem quero mais meu copo, eu saio assim, como quem não quer mais nada daquele antro chamado de lar...
...mas só se alguém me tocar, e só se você me der o toque...
suas cinzas, seus dias púrpurios e meio primaveris,
minhas tardes e seus cadáveris meio esverdeados - já não estamos mais no clima tumultuado da geração normal...
patéticamente normal.
'quando chuver, e alguma gota de lágrima queimar a ponta do meu nariz, e estratégicamente seu antebraço' - vamos tomar um café.
'assim, simultanêamente'
fingindo patéticamente o imprevisto da fatalidade, por que estará escrito.
'não mensiono o arcoíris por que acho colorido ao extremo'
...mas nós vamos ver o pôr do sol, se ele conseguir chegar a tempo de não se perder...

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