segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EU TE ABORTO.

o cara do meu lado cheirava a barata.
era um hippie sujo e velho, tinha uma tatuagem no meio da coxa - velha e meio esverdeada.
ele podia ser teu pai - tão parecido com seus ideias - é claro antes do aborto dos mesmos...
a propósito a tatuagem era de um cogumelo.
a música tem uma sinestesia patética, um progressivo qualquer, aí eu lembro que você fumou a última vez comigo - e com ele.
eu pensei: ele estava lá, dentro dela, e ela comigo e com ele...
você foi tão irresponsável.
com ele, com você, comigo.
o feto é fato.
[...]eu faço silêncio por ele essa noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário