quinta-feira, 9 de abril de 2009

NÓS VAMOS MORRER, AMOR
um copo derramado de leite ao chão.

meia luz.
doi corpos sentam à cama.
trepidações de fôlego.
eu paro, e então você retoma meu ar. ( como sempre )
'pare de falar' - você me inibe!
'eu tenho que fazê-lo' - eu te respondo!
'eu nunca quis te magoar' - você sussura...
e eu concordo.
de quem é a culpa? da vã filosofia?
da amizade? da falta - do excesso.
do escárnio - da clareza?
...
nós vamos morrer.
nós vamos cair, não há ninguém de braços abertos...
alimentamos o supra-sumo da chama falácia, afim de não nos materializarmos.
somos covardes - somos medrozos - não temos escrúpulos e não gozamos!
nos alimentando da migalha intíma - da migalha more, do último resto de nossos dias.
o começo é sempre o fim.
me machuca, por favor?
'desencantado-encantamento pessoal'
me cura! eu suplico!
'eu nunca quis te magoar' - eu grito...
e você concorda.

...

você me deixa pela falta que te faz.
você é saudosista
você me deixa pela amargura de te dá.
você é masoquista.

...

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