quarta-feira, 8 de julho de 2009

você
nunca fora cortada - sempre com a faca e o queijo nas mãos.
fora, só dentro do sutiã.
sua boca carmim, suas roupas dolce & gabbana e seu cabelo terrivelmente bem esticado contrastando com a cor de sua pele - branco falso.
achei 50 centavos na rodoviária - devolvi - pois pensei na falta; ela me doou suas roupas - pois pensou na 'falta de espaço' de seu armário, tabaco barroco.
meu dinheiro é fêmea;
fêmea - tentando ser - fêmea; no cio.
[...]
macho á porta...
meu cigarro de palha desce arranhando
a tosse te faz sentir viva...
acompanha pelo meio-fio?
ovo frito, doses de piracaia e vapor d'água pra 'desamassar' nossa roupa amassada da noite anterior...
você me paga?
seus serviços são necessarimanete involuntários, menina...
escrava do conforto psicológio, da falta da tensão patriarcal
escrava do meu poder de controle, do incandescente tesão machista
só por que meus braços te apertam e te fazem suforcar - e cá entre nós - você subverte meus braços delicados de macho-fêmea num ponto sem nó
...não morra agora, eu te pago uma bebida!

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