segunda-feira, 30 de março de 2009


MEU PEQUENO HOLOFOTE

deixe minha tragédia te levar.
respire meu ar, e solte devagar...
você me diz que não consegue mais durmir sem antes pensar em mim,
e eu te digo que isso é subversão de sua mente...
eu disfarço com sarcasmo minhas tentativas românticas de te camuflar.
eu quero te cobrir, mas não quero encobrir meu ser.
eu me perco em estilhaços de meus dogmas.
droga, eu sempre trançando melhorias ineficazes ao meu destino!
você os recolhe lentamente e vai colando um por um, pacientemente.
...parece que sua função é essa...
até eu perceber, necessitar...e então você hesita.
[...então me cole em silêncio.]
minha mochila de respostas não dadas está cheia.
sua bolsa de perguntas caladas também.
...o peso consequentemente pesa...
sua testa enrugada me motra sua dor em levar o que não te pertence.
me deixe, me deixe, me deixe.
[o seu sobre-peso não te deixa me liberar...]
e eu estou farta, cansada...estou pendendo a um lado só...
então eu sento, respiro, e tiro tudo o que não me pertence.
[ficam todas as minhas ângustias...e você!]
você é a brigada do meu ermo.
eu sou o controle da sua sanidade.
eu sou a brigada do seu ermo.
você é o controle da minha sanidade...
não me diz que é abuso, não me diz que é uso incompleto.
você pede pra eu infeccionar suas feridas e depois limpá-las calmamente...
eu subverto ao Amor.
você subverte à mim?
você subverte à dor?
você subverte à quê?
você me inebria.
e sua pseudo-clareza também.
...e pensar que era eu a encoberta pelas folhas...

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